Záhrada

Záhrada: em uma palavra: "refrescante". Záhrada estava mofando na minha fila de filmes fazia mais de ano, e quanto tempo eu perdi! Jakob é filho de pai alfaiate, e aproveita para comer uma freguesa balzaca. Ele é professor, está sem um tostão furado, e acaba aceitando a proposta do pai: fazer uma visita ao velho pomar que o avô deixou de herança - para avaliar a propriedade e vendê-la. O lugar, no entanto, reserva muitas surpresas. Um diário escrito com letras espelhadas, formigas cujas picadas curam doenças, um lindo gato preto, garrafas de cachaça de ameixa enterradas, passarinhos no colchão, a garotinha ruiva, hematomas que desaparecem misteriosamente, uma banheira ao ar livre, vespas enfurecidas, um pastor de ovelhas que gosta de beijar os outros na boca, o Rousseau (levando a família para passear numa furreca) e o Wittgenstein (que gosta de dormir de conchinha). Eu me senti dentro de uma obra do Kafka ou do Garcia Marquez - provavelmente, Macondo ficava logo depois da esquina. Recomendo fortemente.

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