The artist

The artist: antigamente, antes das telas de LCD, antes dos tubos CRT, antes do Technicolor, antes da Hebe Camargo, os filmes do cinema eram mudos. Não, os atores não se comunicavam em Libras - eles usavam somente suas expressões faciais, um ou outro movimentar de boca, e algumas legendas esporádicas. Tudo isso entremeado com trilha sonora instrumental. Nessa época aí, nasceu o George Valentin - que era um galã da época, embora para o padrão de hoje ele tivesse a dramaticidade do Cigano Igor. O George era o rei da cocada preta, capaz de pegar geral sem precisar falar uma palavra - mas se pensarmos bem, não é tão diferente do que a juventude faz hoje nas micaretas e boates. Só que assim como o asteróide matou os dinossauros, o sertanejo matou a lambada, e o waffer Aymoré matou o Mirabel, um dia o cinema falado chegou. O George, que ia muito bem obrigado, teve então que comer pão que o demonho amassou com os glúteos - sorte que ele tinha a Peppy, que fez a transição de mudo para falado sem stress, para ajudar. Bom filme!

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