Eva: na Espanha do futuro, os robôs humanóides e andróides com emoções quasi-humanas são comuns, mas os designers de automóveis são oriundos da Rússia comunista. Como mais se pode explicar um carro que tem HUDs holográficos fodônicos, e parece um Lada-caixote-de-feira ? Nesse mundo vive Alex, que é um talentoso designer de emoções para robôs. Ele havia fugido (por motivos não muito claros) da Espanha do futuro para a Austrália do futuro dez anos antes, e agora está de volta para um contrato em que deve projetar o lado emocional da geração SI-9 (um robô em forma de menino). Como é um filme europeu, além de implementar o projeto em si, ele tem um gato-robô chamado Gris (que é o gato mais bacana do mundo, depois do Pangur Bán), um mordomo-robô de fazer o Homem Bicentenário chorar de inveja, e tem que lidar também com a ex-namorada, que também é projetista de robôs, casou-se com seu irmão mais novo e tem uma filha chamada Eva (a tal do título). A interface gráfica que Alex usa para projetar as emoções robóticas deixaria qualquer Minority Report roxo de ódio, e eu tenho certeza que se algum militar americano assistir o filme, em alguns anos teremos uma mega-revolução pós-Kinect. O final não é nada fácil, e deixou a goela apertada quase tanto quanto Never let me go. Mais uma bola dentro da FC européia.
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