Balada triste de trompeta

Balada triste de trompeta: Javier é filho de palhaço, e também ele mesmo um palhaço. A história começa durante a guerra civil espanhola, e a cena inicial é das mais insólitas: o pai do Javier é recrutado para combater os franquistas, e vai direto do circo para a carnificina, a caráter: maquiagem de palhaço e um facão na mão, distribuindo terçadadas em qualquer um que bestar na sua frente. A narrativa segue até meados dos anos 70, intercalando fatos reais (a construção do Valle de los Caídos, o assassinato de Carrero Blanco, etc) e imaginários: Javier, depois de uma vida de agruras e de ter visto o pai morrer no xilindró, agora é um palhaço triste - subjugado por Sérgio, o palhaço feliz. Sérgio come a acrobata Natália, e distribui bordoada em todos aqueles dos quais não gosta. O filme é a encarnação do non-sense, e a produção é muito bem feita - mas o cômputo geral é fraquinho... Se os anti-franquistas tivessem contratado os corretores de imóveis de "La Herencia Valdemar II", certamente a Espanha seria um país melhor hoje em dia.

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